Museus | Castelos | Pelourinhos | Fontes e Chafarizes
A Casa da Roda encontra-se agora redecorada à época e com o mesmo ambiente em que a rodeira e o rodeiro recolhiam as crianças. No interior, e logo à entrada, encontram-se dois berços onde eram colocados os expostos, a rodeira vestida com os trajes da época e uma mala com as roupinhas das crianças. Num ecrã interativo estão disponíveis os bilhetes entregues com as crianças. Na cozinha encontramos a lareira, o escano e os utensílios de cozinha utilizados na altura. O quarto possuiu uma cama coberta com uma colcha e cobertores antigos, um lavatório, um baú e um candeeiro antigo. Este novo espaço permite um melhor conhecimento do passado e da história mais recente de Torre de Moncorvo.
O Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior reabriu recentemente ao público e possui um vasto espólio constituído por registos fotográficos desde 1894, num total de cerca de 100 mil fotografias, conta ainda com uma coleção de máquinas fotográficas e máquinas de projetar e filmar. Dispõe também de vários filmes em formato 9,5mm, super 8 e 8mm e uma coleção de faiança a partir do século XVI.
O Museu de Arte Sacra está instalado num edifício contiguo à Igreja da Misericórdia onde está patente a exposição “Arte e Fé em Torre de Moncorvo”, constituída por uma pequena parte do conjunto das obras da Igreja Matriz e da Igreja da Misericórdia de Torre de Moncorvo. Nas salas que constituem o museu estão expostos vários objetos litúrgicos, imagens de santos e paramentaria.
O Lagar Comunitário da Cera, em Felgueiras, é dedicado ao fabrico de velas sendo o único no país de prensa e vara, em funcionamento. Edifício simples de caraterísticas rurais tradicionais possui elevado valor etnográfico e patrimonial pela sua raridade.
Numa área nobre desta vila, encontra-se a Oficina Vinária – Museu do Vinho, espaço dedicado à feitoria de vinho da Região Demarcada do Douro. Composta de duas salas, apresentado o ciclo da vinha e do vinho, com peças características do Douro Superior, outrora manuseados pelos trabalhadores da Quinta das Aveleiras. Cada peça evoca um momento de lavoura e de história, para ser recordada e certamente com alguma saudade.
Museu do Ferro e da Região de Moncorvo
Dedicado à história do aproveitamento do ferro de Moncorvo desde a sua antiguidade até aos nossos dias e à arqueologia da região. Possui espaço hortícola e jardim, que se desenvolve numa encosta com vários socalcos, contendo pavilhão vocacionado para a prática de atividades culturais.
Antiga vila medieval, recebeu foral de D. Afonso Henriques em 1162. Teve um castelo, classificado como Imóvel de Interesse Público, de que restam vestígios de diversos troços de muralha, construída em xisto. O "Castelo" consiste numa cerca de planta ovalada, que protegia a primitiva povoação.
A entrada a Sul é conhecida como "barbacã". Há uma rua que atravessa o espaço fortificado.
Castelo de Torre de Moncorvo
Localização: Largo do Castelo; Largo do Sagrado Coração de Jesus; Rua dos Sapateiros - Torre de Moncorvo
Coordenadas GPS: 41.17536 – 7.05189
Em Torre de Moncorvo a designação "Castelo" é especialmente aplicada ao espaço retangular sobranceiro à Praça Francisco Meireles, definido por fortes muros de cantaria (silharia granítica) e cuja plataforma serve de largo dos Paços do Concelho. Esta denominação também se aplica a todo o conjunto histórico ou bairro antigo.
A fortificação medieval de Torre de Moncorvo determinada por D. Dinis, por volta de 1295, seria inicialmente apenas por cerca muralhada, em cujo espaço interior se localizava a vila nova.
Ainda na primeira metade do séc. XIV, terá sido construído o castelo, localizado no extremo Sul da cerca, de planta trapezoidal, com os cantos guarnecidos por bastiões circulares, possuindo no interior duas torres quadrangulares associadas a um edifício de possível residência dos alcaides.
A cerca que envolvia o perímetro urbano medieval possuía 3 ou 4 portas, das quais resta somente o Arco da Senhora dos Remédios, a nascente e vestígios da porta sul.
Desde 1988 até 2001 decorreram trabalhos arqueológicos com vista a revelar alguns dos vestígios do antigo castelo e edificações envolventes, que se encontram em fase de valorização e musealização.
Deste monumento, restam apenas dois elementos de granito, de época manuelina. O primeiro mostra as armas de Portugal envoltas por uma ave, possivelmente um corvo, faltando a cabeça, que seria o remate do pelourinho. O outro elemento apresenta quatro faces, das quais três estão esculpidas: a esfera armilar, uma Torre e um M encimado por um corvo, representando a heráldica municipal.
Na praça de Mós, foi reconstituído o antigo pelourinho, séc. XVI, do qual restavam sete fragmentos: base tronco-piramidal, moldura e base da coluna decorada com motivos lanceolados; troço do fuste não decorado, de superfície plana, prismático, de secção hexagonal, liso; outro troço do fuste; moldura; capitel prismático decorado com motivos encordoados; remate piramidal.
Fontes e Chafarizes
É muito antiga, como se comprova em documento existente no Arquivo Municipal de Torre de Moncorvo. De particular interesse é o brasão das armas municipais que ostenta.
Fonte de mergulho em granito, de feição rudimentar. Possui arco de volta inteira. Encontra-se encimada por um brasão de armas representando um carvalho, tendo daí advindo a sua onomástica. Em frente localiza-se um dos tanques públicos da vila.
Fonte de mergulho de estilo maneirista, datando de 1625. Interior em abóbada de berço. A frontaria apresenta um arco de volta inteira encimado por uma cartela onde estão representadas as armas municipais. O remate é constituído por um frontão triangular interrompido, possuindo no centro uma escultura medieval representando Santiago montado num cavalo, que terá provindo da antiga igreja de Santiago, localizada no espaço onde atualmente se encontra o Cemitério.
Fonte de granito de espaldar, constituído por duas bicas e um tanque. Apresenta a heráldica municipal, ladeada pelo brasão real. É rematada num frontão que termina em volutas, a ladear um colunelo. Monumento datável do séc. XVI, apesar de ostentar a data de 1704, que deve corresponder a um restauro posterior.
Chafariz barroco de espaldar retangular com duas bicas em carranca e tanque. Possui escudo com as armas reais de Portugal, bem como inscrição alusiva à sua construção (1744).
Fonte de mergulho, em granito, com abóboda de berço e cobertura de empenas. Em alguns dos silhares de granito é possível ver diversas siglas. É um monumento invulgar de grande antiguidade, enquadrado num local de rara beleza.
Chafariz barroco, em granito, de espaldar retangular com duas bicas e tanque. A sua construção data de 1735. Junto a esta fonte encontram-se outros tanques de granito.
Chafariz Filipino
Localização: Praça Francisco Meireles, Torre de Moncorvo
Coordenadas GPS: 41.17465-7.05202
Chafariz construído na Praça durante a dinastia Filipina, tendo sido terminado em 1636. Do monumento original restam 3 peças correspondendo ao depósito da água. Em 1999, recorrendo a fotografias e plantas antigas, o chafariz foi reconstruído no centro da Praça Francisco Meireles.
Este monumento que se reveste de grande valor artístico, tinha por principal finalidade abastecer a população de Moncorvo, através da água captada na Serra do Roboredo.
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